A escuridão
conforta meu coração da aflição que o preenche
É
doloroso o que sinto, como um mar de água fervente
O
motivo? Não consigo explicar, talvez alucinação ou então decepção
Meus
pensamentos são confusos, considerados grandes absurdos
Vejo
seres e elementos que me questiono se são reais ou coisas de minha cabeça
Entorpeci
de uma maneira intensa que mal sei se meu espirito está vivo ou se é meu perispírito enlouquecendo
E
eu vou caminhando, pelas ruas vou descendo
Até
conseguir avistar, algum olhar que me olhe, algum ar que me toque, algum luar
que deixe o Sol nascer
Talvez
assim, eu deixe de enlouquecer
Enquanto
não encontro, vou me dilacerando, pouco a pouco, vou me amando e também me
odiando...
Por
ser assim, um ser em busca de seu fim
Minhas
memórias foram deletadas, não há nenhuma lembrança que me faça ter esperança
Não
sei como sou, espelhos não mostram meu reflexo, parece que vivo em algo
perplexo
Mas
talvez, quem sabe, eu esteja apenas entorpecendo, esquecendo meu passado,
esquecendo laços, esquecendo meus passos
Talvez
eu não esteja... quem sabe, eu seja... um ser estranho prestes a partir, que
não saiba sorrir e não perceba que aqui... é o início do meu fim.
- Pollyana Schneider