domingo, 22 de maio de 2016

Sem fôlego, nem força

Quando você não aguentar
Nem sorrir, nem caminhar
Faça como eu, desista
Desista de persistir
Não vale a pena sorrir
De que adianta falsos sorrisos?
Estamos na beira do abismo
Quando suas lágrimas
Se tornarem mais pesadas
Comparadas a cem toneladas
Abaixe a cabeça
E se entorpeça
Não, não vale a pena viver
Aceite continuar para morrer
Quando seu fôlego durante a noite for fraca
Aceite o fim chegando, não faça nada
Torne-se aliada da solidão

Viva sem um pingo de emoção.


- Pollyana Schneider

Caos

Meus dias estão cinzentos
Amargo como vinho tinto seco
Entorpeço injetando elementos
Enlouqueço com meu tropeço
Cansei de errar
Mas não consigo acertar
Assisto mortes inquietantes
Sinto falta de mutantes
Seres impactantes
Acabariam com cenas delirantes
O mundo necessita ser purificado
Acordem nosso faraó mumificado
Um dia apenas para nos fortalecer

Sem precisar ninguém morrer.


- Pollyana Schneider

Sem sentimentos

Arrependo-me quando implorei a Deus para ser uma pessoa boa
Maldito momento em que pedi para ter bons sentimentos
Agora sinto tudo que os outros sentem
Minha alma grita de tanta dor
Pessoas insanas me entorpecem
Tudo me entristece
Minha dor dilacera meu coração
Tudo baseia-se em solidão
Imploro para isso ter fim, mas nada acontece
Meus dias se escurecem
E mais uma vez minha alma grita
Seres do mal se divertem com tamanha dor
Quero desistir, mas parte de mim

Não quer que isso tenha fim.

- Pollyana Schneider

quinta-feira, 31 de março de 2016

Completa Harmonia

Dentro de mim tudo parece desmoronar
Minha mente quer me sufocar
Meu coração não deixa de palpitar
Mas quando você torna a me abraçar
Aumenta minha falta de ar,
No sentido amor, aquele que causa um frio na barriga, pequenos calafrios...
Sintomas que deliram, alucinam, gestos capazes de entorpecer qualquer narcótico perdido, como eu
E se este amor me dilacerasse aos poucos, nada me importaria, pois a harmonia na qual me encaixo contigo encobre qualquer melancolia que minh’alma queira debruçar para fora de mim
Sou um ser tão confuso mas tenho a certeza de meu amor por você, e se não for amor, não quero saber o que seja
Apenas quero e exijo que o universo não me decepcione desta vez, não quero deixar meu espírito morrer sem ter você ao meu lado
Incrível ser que balançou minha estrutura, tornou-me melhor, talvez apenas para mim, mas sinto a diferença... vivendo ao seu lado meu corpo entra em completa harmonia com minha mente e tudo parece flutuar. E não... não uso entorpecentes, pois sou um narcótico entorpecido com seu olhar.

Meu mais novo amor, abrace-me o quanto puder, no amanhecer e anoitecer, até após o mundo acabar.

- Pollyana Schneider

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Alma rasgada

Rasgue-me, pode rasgar
Não pare até eu ficar sem ar
Observe minha agonia, meu desespero para viver
Minha mente aflita, temendo morrer
Injete-me mais mil doses de dor
Para que eu seja um mero sonhador
Com a ilusão de que vou corrigir
Todos meus erros e poder fugir
Deste mundo delinquente

Que assassinou minha mente.

- Pollyana Schneider

Sem intenção

Naquela fria noite, olhei
Aqueles belos olhos, imaginei
Um mar doce e pirei

Mas tudo foi em vão
Amor dilacerou meu coração
E isso não foi minha intenção

Sem seu amor, quero morrer
Usar drogas, entorpecer
É impossível te esquecer

Não se vá, meu bem
Ignore meu desdém

Fique aqui, amor.

- Pollyana Schneider

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Perdido

A escuridão conforta meu coração da aflição que o preenche
É doloroso o que sinto, como um mar de água fervente
O motivo? Não consigo explicar, talvez alucinação ou então decepção
Meus pensamentos são confusos, considerados grandes absurdos
Vejo seres e elementos que me questiono se são reais ou coisas de minha cabeça
Entorpeci de uma maneira intensa que mal sei se meu espirito está vivo ou se é meu perispírito enlouquecendo
E eu vou caminhando, pelas ruas vou descendo
Até conseguir avistar, algum olhar que me olhe, algum ar que me toque, algum luar que deixe o Sol nascer
Talvez assim, eu deixe de enlouquecer
Enquanto não encontro, vou me dilacerando, pouco a pouco, vou me amando e também me odiando...
Por ser assim, um ser em busca de seu fim
Minhas memórias foram deletadas, não há nenhuma lembrança que me faça ter esperança
Não sei como sou, espelhos não mostram meu reflexo, parece que vivo em algo perplexo
Mas talvez, quem sabe, eu esteja apenas entorpecendo, esquecendo meu passado, esquecendo laços, esquecendo meus passos

Talvez eu não esteja... quem sabe, eu seja... um ser estranho prestes a partir, que não saiba sorrir e não perceba que aqui... é o início do meu fim.

- Pollyana Schneider